MEMORIAL DA IMIGRAÇÃO JAPONESA VALE DO RIBEIRA
O Memorial da Imigração Japonesa surge como instituição de gestão da memória do processo de deslocamento de cidadãos japoneses para terras brasileiras, particularmente as do Vale do Ribeira em território paulista.
Essa memória vem sendo construída por sucessivas gerações, encontrando hoje, inclusive, possibilidade de diálogo e de construção de novos significados a partir das experiências e do olhar de outras pessoas que não sejam os japoneses e seus descendentes (OI; MARINS, 2008).
Grande parte da preservação dessa memória se dá pela ação de salvaguarda de um patrimônio material constituído sumariamente de objetos doados pelas famílias locais, que tenham uma relação direta ou próxima com o processo de migração japonês.
Trata-se de um acervo heterogêneo, havendo desde objetos pessoais como álbuns de fotografia e documentos, passando por instrumentos de trabalho, indumentária, mobiliário, itens utilitários domésticos até publicações, maquetes de edificações representativas do patrimônio arquitetônico de Registro, entre tantos outros itens.
A constituição do acervo está diretamente ligada ao envolvimento dos cidadãos registrenses que contribuíram com as doações para constituição do Memorial em um processo muito semelhante ao que ocorreu com o antigo Memorial do Imigrante, atual Museu da Imigração, na capital paulista. Mais do que uma mudança no nome, a proposta dessa instituição museológica sofreu uma alteração significativa, afastando-se um pouco de ser um espaço de “culto” ou “valorização” apenas dos imigrantes e suas famílias ali representados por seus objetos pessoais doados à instituição, e indo para um caminho de olhar a perspectiva da imigração de maneira mais ampla, de forma a abarcar não apenas os doadores que constituíram seu acervo ou a população ligada ao momento histórico de formação da Instituição, mas contemplando também os outros movimentos migratórios que não estavam ali representados, dialogando inclusive com aqueles presentes em nosso dia a dia (EXPOMUS, 2014).
Guardadas as devidas proporções, também é possível que o Memorial da Imigração Japonesa amplie esse olhar estabelecendo diálogo com outras memórias ligadas aos deslocamentos humanos que encontram voz no território onde a Instituição está localizada. Em que medida os não-nipônicos que precederam a população oriental também passaram por esses deslocamentos? Em que medida as ausências deixadas em Registro ao longo de séculos também se devem a uma evasão da população? De que forma a população vem sendo acrescida pela chegada de pessoas de fora do estado ou mesmo de outros municípios de dentro do Vale? E o que dizer dos fluxos de visitantes temporários que passam por ali?
- Informações gerais:
- Rua Miguel Aby-Azar, 224 Centro-Registro/SP CEP 11900-000
- Telefone: (13) 3821-4130
- E-mail: [email protected]
- Rede Social
- Facebook: https://www.facebook.com/memorialimigracaojaponesavr
Obs.: Texto extraído do Caderno para Profissionais da Educação e do Turismo desenvolvida no âmbito do Projeto: Memorial da Imigração Japonesa no Vale do Ribeira: culturas, memorias e territorialidades.
Proponente: Associação Cultural Nipo Brasileira de Registro – contemplado pelo Edital Proac Expresso nº 13/2020 – Modernização de Museus, Arquivos e Acervos no Estado de São Paulo do Programa de Ação Cultural – ProAC Editais.
(artigo: Lina Shimizu – diretora regional de Registro da Guifu Kenjinkai do Brasil)
A VIDA APÓS A MORTE
Tenho apenas 5 horas e 21 minutos de vida!
Momentos em que me dei como prazo máximo para entregar esse texto. Prazo esse que foi me dado como final no dia de ontem. Se estamos aqui é porque temos uma missão! E tal missão não acaba enquanto estamos vivos.
“A vida é a chama de 1 vela, em um sopro apaga”; discordo dessa frase de minha amada sogra. A vida é para ser intensamente vivida! De que forma? INTENSA! Valorizar cada momento! Para ter uma vida feliz é necessário ter saúde. E na minha opinião precisamos sempre estar em movimento e ativos.
Nascimento, envelhecimento, doença e morte! As 4 verdades da vida que são talvez sofrimentos. Verdade essa que choramos ao nascer. E quem disse que japonês não fica triste num velório. Verdade essa que passei ao ver “HAHA” (“minha mãe” em japonês) na sua vida após a morte.
E assim seguimos com a vida agradecendo por ela mesma, “a vida”. Verdade eu sei a sensação de nascer (apesar de não me lembrar); adoecer também já adoeci.
Assim como amo e respeito, oro pela segurança nos 4 cantos do mundo e oro pela harmonia dos meus familiares. Respeito e desrespeito em meu país têm de monte.
Até guerras tivemos historicamente em nosso país. Exemplo: Guerra dos Farrapos, Guerra dos Canudos e Revolução de 30. Guerra do Paraguai a pior guerra do Brasil, morreu muita gente pela ira do homem. São coisas que senti ou mesmo por estudar sobre o assunto.
” Viver! E não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar. A beleza de ser um eterno aprendiz…” já dizia Gonzaguinha na letra de sua música.
Eu digo que conheço a morte somente por ter presenciado meu avô materno morrer quando eu tinha 7 anos idade e minhas avós maternas Ono e Takeda, aos 23 e 32 anos de idade, respectivamente.
Meu avó Massakazu Ono, enfermeiro que lutou na 2ª GUERRA MUNDIAL (na foto). Assim caminho apesar de minha mãe e todos os avôs estarem vivos em meu coração.
Gratidão aos meus pais Mitsuo Ono e Ivone (in memoriam).
EU ASSINO ANTES DE ACABAR, PORÉM UMA PAUSA PARA 1 CAFÉ.
Sou pai de 2 serezinhos: Isabelly e Ícaro; o último no ventre da minha amada esposa Erika.
(Texto: Crônicas de Marcos Akio Ono – diretor da Guifu Kenjinkai do Brasil)
Gifu – Gifu Kenjinkai Internacional – ⑫
Extensa interação entre empresas automobilísticas – Detroit
O Detroit Guifu Kenjinkai iniciou suas atividades em 2009 com 14 pessoas que são da província de Guifu ou têm ligação com Guifu.
Os membros incluem expatriados e seus cônjuges de empresas japonesas no Michigan e norte de Ohio, residentes permanentes e pessoas casadas com americanos, com um número atual de 20 membros. Nós nos reunimos várias vezes por ano e realizamos um jantar (= festa para beber) chamado Assembleia Geral.
Suas cidades natais e áreas relacionadas a eles se espalham por toda a província, e vários dialetos de Guifu são falados, geralmente esquentam com os assuntos locais. Atualmente sentimos solitários, pois não temos a oportunidade de nos reunir devido à disseminação do coronavírus.
Michigan está localizado no meio-oeste dos Estados Unidos, faz parte da região dos Grandes Lagos e faz fronteira com o Canadá nos lados norte e leste do lago.
Composta por duas grandes penínsulas, a Península Inferior e a Península Superior, a Península Inferior assemelha-se a uma luva. A área entre o dedo mindinho e o dedo anelar tem uma paisagem maravilhosa e é um dos principais destinos turísticos. Entre eles, a Ilha Mackinac tem um meio de transporte único, com carruagens puxadas por cavalos e bicicletas, já que automóveis não são permitidos na ilha.
Ao contrário da província de Guifu, não há montanhas altas, mas é abençoada com florestas de coníferas e lagos. Os invernos são extremamente frios, com temperaturas abaixo de zero durante todo o dia de dezembro a fevereiro, com a temperatura mínima às vezes caindo abaixo de -20°C. A neve que caiu no final do ano permanece sem derreter, o lago fica coberto de gelo e o mundo prateado se espalha por toda parte, o que é muito bonito.
Além disso, é conhecida como o berço da indústria automobilística na América do Norte, onde nasceram as 3 Grandes, Ford, General Motors e Chrysler. Cerca de 500 empresas japonesas, incluindo aquelas envolvidas em automóveis, se mudaram para a área, e os intercâmbios com os moradores locais estão ativos por meio de eventos como o Festival do Japão e torneios de softball organizados pela Câmara de Comércio e Indústria do Japão de Detroit, operados por essas empresas.
Existem aproximadamente 15mil japoneses residentes, incluindo funcionários de empresas japonesas e suas famílias. O número de alunos da Escola Complementar de Detroit, que usa livros didáticos de japonês aos sábados, é de cerca de 750, tornando-a a 3ª maior dos Estados Unidos. O grande encontro atlético, do qual participam crianças do jardim de infância ao ensino médio, é o destaque.
Fudehito Niwa, Presidente do Detroit Kenjinkai
Nascido na cidade de Takayama/Guifu 60 anos, ele também morou em Gujo Hachiman e Mizunami. Formado na Guifu North High School. Depois de se mudar para os Estados Unidos em 1999, trabalhou como professor em escolas suplementares e cursinhos na Califórnia, Nova Jersey e Michigan, e estabeleceu o Conselho de Intercâmbio Educacional EUA-Japão.
Sediou o “Acampamento de verão em Guifu” para promover o aprendizado prático da língua e cultura japonesas para crianças estrangeiras. Também praticamos suporte para alunos que retornam da América do Norte para ingressar em escolas japonesas.
Mensagem: No exterior, você pode experimentar coisas que não pode ver ou ouvir em Guifu, e pode sentir a parte boa de Guifu. Gostaria que os filhos de Guifu vivessem no exterior enquanto jovens e desempenhassem um papel ativo na sociedade global.
(Artigo extraído do jornal Guifu Shimbun)
ACONTECIMENTOS DE AGOSTO DE 2022
- Dia 04 Reunião com os proprietários do edifício Rian
- Dia 11 Enviados por e-mail e por correio boletim informativo de agosto
- Dia 18 Encerrada contabilidade do Festival do Japão
- Dia 19 Reunião mensal da diretoria
- Dia 24 Reunião da comissão organizadora da 18º Exp. de Pintura (definição sobre
placa aos homenageados) - Dia 27 Reunião de avaliação do grupo de Gastronomia do 23º Festival do Japão.
RESUMO DA ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA DIRETORIA DE AGOSTO DE 2022
- Data e hora: 19 de agosto de 2022(6ª feira) 19:00
- Presentes: Mitsuyoshi Nagaya (dir. presidente), Jorge Noboru Nagao (dir. tesoureiro), Sônia Sakuma (dir. secretária), Lina Shimizu (dir. regional), Henrique Kodama (diretor), Mika Ono (diretora), Marcos Ono (diretor), Iraci Hirano (diretora), Mitsuo Ono (Cons. Fiscal)
- Pauta do Dia
- Cumprimento e palavras do diretor-presidente
- Expressão de agradecimento a participação do Festival do Japão, um evento de sucesso
- Foi explicado o progresso da visita do Congresso Mundial da GKI ao Japão. O Japão está no meio da sétima onda da corona, mas a realização do Congresso Mundial permanece inalterada.
- 31 membros da delegação desejam participar da viagem. Há também 7 pessoas incluindo membros da família que vivem no Japão e indivíduos que visitam o Japão, que se juntarão ao grupo.
- Está prevista a realização de uma cerimónia em conjunto com o Festival do Japão em 2023 para assinalar o 110º aniversário da emigração do povo de Guifu para o Brasil e o 85º aniversário da fundação da Associação Guifu kenjinkai no Brasil. Anunciou a formação de um comité para organizar a cerimónia.
- Apresentação dos acontecimentos do mês de agosto pela dir. secretaria Sakuma
- Apresentação do movimento contábil do mês de agosto pelo dir. tesoureiro Nagao
- Relatório sobre a reunião do condomínio Edifício Rian pelo dir. Nagao、O edifício será um edifício comum de habitação e de escritórios.
- Cerimónia de comemoração do próximo ano & Festival do Japão & Feira da Província de Gifu / Lançamento do Comité Executivo.
Os preparativos serão feitos em consulta com o governo de Guifu. - Exposição de Pintura – 15 de setembro é a data limite, divulgar nas redes sociais para encorajar a participação.
- Evento GMG (diretora Sakuma) será realizado em 27/11 (domingo)
- Cumprimento e palavras do diretor-presidente