SAKURA
A florada do sakura é um dos eventos mais famosos do Japão e geralmente ocorre no final de março e abril, podendo variar com a região do país. É um evento de pouca duração, permanecendo por somente 1 ou 2 semanas. Neste período, tradicionalmente as pessoas vão para os parques para admirarem as flores – conhecido como hanami (花見) – e fazerem piqueniques sob suas árvores.
O sakura simboliza novos começos, boa sorte, esperança, impermanência e transitoriedade da vida, lembrando as pessoas de como a vida é curta, mas ao mesmo tempo preciosa.
A flor é muito conhecida internacionalmente, tendo diversas comidas e bebidas baseadas nela, suas pétalas são utilizadas para temperar comida e são utilizadas para fazer chás, geleias e mochi.
Além disso, existem filmes e séries que remetem a ela, como o filme dirigido pelo Makoto Shinkai, o mesmo criador do filme de sucesso Kimi no Na Wa (君の名は。), chamado Byousoku 5 cm (秒速5センチメートル), que utiliza a velocidade de queda da pétala de sakura (5 centímetros por segundo) como título.
Existem mais de 600 espécies de sakura no Japão, sendo que a árvore mais antiga do Japão tem entre 1800 e 2000 anos, conhecida como Jindai Zakura (神代桜), plantada no Templo Jissoji em Yamanashi. Curiosamente a época de florescimento do Sakura, no Brasil, se estende da metade de julho até agosto e teremos o Festival das Cerejeiras Bunkyo nos dias 2, 3, 9 e 10 de julho na cidade de São Roque. Fora a cidade do interior, as árvores podem ser vistas no:
- Parque do Carmo
- Centro Cultural Campestre da BSGI
- Campos do Jordão
- Jardim Botânico de Curitiba
- Parque Sakura na Cidade de Frei Rogério
(Texto: Henrique Shiki Kodama – diretor da Guifu Kenjinkai do Brasil)
Prezados Membros do Gifu Kenjinkai Internacional
Há quanto tempo! Como estão todos? Sou Takuo Kanda, apresentei sobre o dialeto de Gifu na palestra on-line realizada no dia 15 de maio. Tenho passado bem, na medida do possível. Segue resposta aos questionamentos feitos pelos associados durante a palestra.
(1) Uma associada natural da cidade de Gujo perguntou sobre o cumprimento “he´a mame-naka-na” que ouviu quando estava em Gujo. Seria um dialeto de Gujo?
Era um cumprimento de Gujo muito comum entre idosos, mas não sabemos dizer se ainda é usado. Pesquisamos um pouco sobre o assunto:
A funcionária da casa dos 50 anos, do Nihon Man-Man-Naka Center, de Gujo Minami, informou que nunca ouviu o termo sendo usado, mas consta no” Gujo-karuta”(espécie de baralho que apresenta a história, as pessoas, os locais históricos, os pontos turísticos, os santuários e templos, as indústrias, etc. para que qualquer pessoa possa conhecer facilmente os principais pontos, como a história e a geografia da cidade natal.) emitido pela cidade de Gujo.
① Consultamos também o Sr Yasuki Masuda, de Hachiman-cho Shimadani, membro do Zakka-juku e cantor de folk song, segundo ele, antigamente ouvia-se “he´a mame-naka-na”, mas que é difícil encontrar alguém usando o termo nos dias de hoje. Segundo ele, seu avô usava muito esse cumprimento. E que está no Gujo-karuta porque deixou de ser usado no dia a dia.
② A Sra. Michiko Ueno, natural de Hachiman-cho Sakae, guia sobre o dialeto de Gujo durante as filmagens do filme Gujo-Ikki, esclareceu que sua família possuía uma venda de bebidas e cigarros, há 50 anos atrás, os idosos (acima de 60 anos de idade) vinham ao estabelecimento cumprimentando com “he´a mame-naka-na”, “he´a” ou “mame de oideta-kana”, era o normal. E faz pouco tempo ter ouvido, uma pessoa cumprimentando com “he´a mame-naka-na” em um encontro realizado em Gujo.
No Gujo-karuta produzido pela cidade de Gujo há o termo “he´a mame-naka-na”, com observação de 2010:
① “He´a mame-naka-na” significa boa tarde, com licença. Era usado em cumprimentos ao visitar os vizinhos, nas regiões da orla do rio Yoshida-gawa de Hachiman-cho a Meiho, em Aioi região do rio Shimo-gawa, e região Kaminoho em Takawashi-cho, Shiratori-cho e Yamato-cho.
② Segundo um comerciante de Hachiman-cho, desde criança ele ouvia o “he´a” no dia-a-dia, e significava boa tarde, vim comprar. O he´a era pronunciada pausadamente, ao passar pela porta. Nos dias atuais, ninguém entra em sua loja falando “he´a”. Mas ele mesmo às vezes fala, por costume.
O “he´a mame-naka-na” está desaparecendo de Gujo, mas continua sendo usado por idosos de algumas regiões.
(2) Em seguida, sobre o termo “yatto-kame”, um dos que representa o dialeto de Gifu. Uma participante comentou que não se ouvia esse termo em Takayama.
Um participante, natural de Takayama, comentou que não falavam “yatto-kame”. Foi questionado por 2 pessoas na casa dos 50 e 60 anos de idade, que nasceram, cresceram e vivem na cidade de Takayama, e ambos afirmaram não usar o termo.
A Sra. F., na casa dos 50 anos de idade, e residente em Hida-chi Furukawa, comentou que não falava “yatto-kame”, mas Sr. S, comerciante de Gero confirmou falar o “yatto-kame” somente entre amigos de longa data da mesma região.
Sr. Kimiaki Nagase, de Takayama-shi Kamiichino-machi, proprietário da loja Mishima-mame, é conhecedor da história e cultura da região de Hida, e falou sobre “yatto-kame”. Segundo ele, no dialeto de Hida é usado o termo “sashi-kotome”. Um professor de 89 anos de Furukawa confirmou que se usa o “sashi-kotome” de Takayama a Furukawa. Mas outro professor de Takayama, com 84 anos de idade, diz desconhecer o costume. Na região de Gero seria usado o “yatto-kame” em vez do “sashi-kotome”.
No “Hida no Hougen” (dialetos de Hida) publicado em 1996 pelo Sr. Shuichi Iwashima, pesquisador do dialeto de Hida, o uso do termo “yatto-kame” (há quanto tempo) foi verificado nas antigas cidades Hagihara-cho e Kozaka-cho, além de constar nos livros “Kita-Hida no Hougen” da autoria de Hideo Aragaki e “Hida no Kotoba” de autoria de Kichizaemon Tsuchida. O “yatto-kame” com o mesmo significado foi verificado também na antiga Mashita-gun e regiões central a sul de Hida. Na mesma publicação, ao comentar sobre as características do dialeto de Hida, para perguntar se está tudo bem, cita a frase “sashi-koto awanga, mame-nakaina” (faz tempo que não nos vemos, mas está tudo bem com você?), e o termo “Sashi-koto” parece ter o significado semelhante ao “sashi-kotome” citado pelo Sr. Nagase de Takayama.
Além dessas informações, ao pesquisarmos sobre o termo “yatto-kame”, conferimos as distribuições de seu uso na província de Gifu, e levantamos também termos semelhantes. Em 1998, um pouco antes da reestruturação dos municípios na era Heisei, o pesquisador do dialeto da província de Gifu Sr. Takeshi Kato realizou uma pesquisa com a ajuda da Província e da Federação dos Clubes de Anciões, publicando o “Nihon no Man-Man-Naka e Mapa de Dialetos da Província de Gifu”.
Nela consta que para se dizer “hisashiburi – a quanto tempo” no dialeto da província, há 6 termos – ①yatto-kame ②yatto-me ③yattoko-me ④shibaraku-buri ⑤nagaikoto-me ⑥nagai-uchi. Algumas regiões misturam o uso do termo padrão hisashiburi ou ohisashiburi. Mas os termos “sashi-koto” citado no livro “Hida Hougen no Tokutyou” e o “sashi-kotome” citado pelo Sr. Nagase não apareceram na pesquisa.
Ao verificar no mapa dos dialetos, os termos com o significado hisashiburi é “yatto-kame” nas regiões da cidade de Gifu, Seinan-nou, Nak-nou, Oku-Mino e Higashi-nou. Na região Oku-Mino e Higashi-nou é também usado “yatto-me”.
Na região de Hida o uso é distribuído da seguinte forma (nomes anteriores à reestruturação):
① Yatto-kame – Takayama-shi, Shoukawa-mura, Kiyomi-mura, Miya-mura, Furukawa-cho, Shirakawa-mura, Hagihara-cho, Gero-cho e Kanayama-cho.
② Yatto-me – Kuguno-cho, Kozaka-cho e Maze-mura.
A Sra. M de Maze Nakagiri (na casa dos 40 anos de idade) comentou que sua avó falava “yatto-me”
③ Nagai-uchi – Kamitakara-mura
④ Nagaikoto-me – Kamioka-cho, Kawai-mura, Asahi-mura e Miyagawa-mura.
O Mapa de Dialetos da Província de Gifu foi feito pouco antes da reestruturação dos municípios na era Heisei, com a ajuda dos 450 associados da Federação dos Clubes de Anciões. A pesquisa foi feita nas 99 cidades e vilas da província, e consta nela cerca de 90 mil termos do dialeto. Apesar de ser dados de 22 anos atrás, seu conteúdo é bastante consistente.
Nos dias de hoje, muitos estão deixando de usar o termo “yatto-kame” em Takayama-shi e Furukawa-cho, mas conforme verificado no Mapa de Dialetos, o termo “yatto-kame” e similares eram usados em toda a região de Hida, incluindo Takayama e Furukawa. O que vem ocorrendo nesse período de mais de 20 anos seria o aumento rápido do uso dos termos padrões como o hisashiburi.
Em 2006 realizamos enquete sobre o dialeto com 50 colegiais (kōkō) da cidade de Gifu. Desses, 38 responderam não conhecer ou não usar o termo “yatto-kame”. Hoje, menos estudantes devem conhecer o dialeto. Na pesquisa realizada, dos 50 termos do dialeto, os estudantes souberam dizer o significado de somente 27. Se a pesquisa fosse realizada hoje…
O “yatto-kame”, termo que representa o dialeto de Gifu, está aos poucos desaparecendo. Estamos em uma época em que alunos do Ginásio (chugaku) da cidade de Gifu ouvem o termo e perguntam “é nome de uma tartaruga? ”
Esse distanciamento do uso do dialeto está acontecendo não somente na província de Gifu, mas em todo o País. Devemos considerar o dialeto de Gifu como uma cultura regional, e criar estratégias para manter vivo essa cultura, inclusive como parte da educação escolar.
Os termos similares ao “yatto-kame” – “sashi-koto” ou “sashi-kotome” ainda não sabemos se é um dialeto que era usado em Hida, ou que sofreu alteração conforme região de uso. Alguém se dispõe a pesquisar?
Concluímos assim o relatório sobre o “he´a mame-naka-na” e “yatto-kame”.
Takuo Kanda, natural de Osaka, e vivendo há 52 anos em Gifu.
(Texto original em japonês: Prof. Takuo Kanda, palestrante da 4ª reunião online da GKI e Reimpresso com permissão)
ACONTECIMENTOS DE JUNHO DE 2022
- Dia 06
- Entregue a carta para Fundação Kunito Miyasaka sobre solicitação de apoio para 18ª Exposição de Pinturas.
- Entregue ao Consulado Geral do Japão em São Paulo Formulário de Solicitação e Termo de Compromisso para Apoio Institucional.
- Dia 11 Festa Junina em colaboração com Assoc. Shizuoka e Nara kenjinkai, na Assoc. Shizuoka
- Dia 17 Reunião ordinária da diretoria
- Dia 22
- Reunião da comissão organizadora da 18ª Exposição de Pinturas
- Pago a taxa da Prefeitura pelo uso do espaço no Festival do Japão para Kenren.
- Dia 24 Recebido contrato de doação da Fundação Kunito Miyasaka
- Dia 28 Devolvido o contrato assinado para Fundação Kunito Miyasaka
RESUMO DA ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA DIRETORIA DE JUNHO DE 2022
- Data e hora: 17 de junho (sex.) 19:00
- Presentes: Mitsuyoshi Nagaya (Dir. presidente), Hiromasa Kunii (vice-presidente), Jorge Noboru Nagao (dir. tesoureiro), Sonia Sakuma (dir. secretaria), Kioski Kaneko (Consultor), Iraci Hirano (diretora), Henrique Kodama (diretor), Marcos Ono (diretor), Cecilia Hashizume (Cons. Fiscal Suplente)
- Pauta do Dia
- Cumprimentos e palavras do diretor-presidente:
- Agradecimentos pela cooperação e na preparação no dia 10, e participação da festa junina que ocorreu nos dias 11 e 12 de junho. Relatou que o objetivo de venda tinha sido alcançado.
- Agradeceu aos entusiasmados participantes da Dança Gujo.
- Bolsa Kempi, em consulta junto a prefeitura sobre programas de estudo no estrangeiro.
- Relatório sobre o número de voluntários que desejam participar no Festival do Japão. As variações precisam ser corrigidas.
- Recrutada para participarem do Gujo Odori no Festival do Japão.
- Apresentação dos acontecimentos do mês de maio, pela dir. secretaria Sakuma.
- Apresentação do movimento contábil do mês maio pelo dir. tesoureiro Nagao.
- Relatório sobre participação da Festa Junina pela diretora Sakuma
O Gohei Mochi foi preparado desde 6ª-feira até ao dia do evento, com vonluntários: Yoshiko e Sonia Sakuma , pelos diretores Marcos Ono, Henrique Kodama, Jorge Nagao, Iraci Hirano, pelas irmãs Monica e Adriana Kaneko, Isabel Kaneko, Yoshiko Secretária-Geral, Neuza Isso presidente da Gunma Kenjinkai, e Beth Nagaya.
A dança de Gujo foi executada com grande sucesso pelas Sra. Takai, Mãe e Filha Sakuma, Marcos Ono, Lo, Neuza Isso e Beth Nagaya. - Relatório sobre os preparativos para o Festival do Japão, e Festa Junina apresentada pela Beth Nagaya
- outros
- Cumprimentos e palavras do diretor-presidente: